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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Teatro na Ilha



O projeto "Minha Ilha, Nossa Ilha", do GT Educação, formado por voluntários do Instituto Ilhabela Sustentável, que tem o objetivo de difundir conceitos e práticas de cidadania e sustentabilidade entre a população de Ilhabela, fortalecendo e motivando sentimentos de pertencimento e de protagonismo na vida da cidade, iniciou na última semana a apresentação da peça “O Espelho” e as atividades previstas da Gincana Cultural entre os alunos das escolas públicas de Ilhabela, em parceria com o Espaço Cultural Pés no Chão.


A peça “O Espelho” trata da migração em duas dimensões. Por um lado, num mundo de fantasia, são os náufragos que chegam desorientados numa praia dominada por uma Feiticeira. Ela possui um espelho mágico e coloca a questão: quem realmente somos? Por outro lado, num contexto atual e cotidiano, os atores da peça trocam confidências com o público acerca dos motivos que os trouxeram para Ilhabela e suas sensações ao chegar.


Neste momento são abordadas questões práticas como a inserção no sistema de saúde e no mercado de trabalho, a relação com a nova paisagem, a emoção de encontrar o mar na cidade escolhida para viver e que se transformou na cidade de todos que aqui moram.


O roteiro da peça foi redigido seguindo os temas propostos pela cartilha Guia do Cidadão, produzido para o projeto “Minha Ilha, Nossa Ilha”. O elenco é formado pelos atores/professores do Espaço Cultural Pés no Chão, contratados pelo Instituto Ilhabela Sustentável, que também cantam, dançam, e tocam instrumentos de percussão.


A peça traz temas delicados, como o alcoolismo, mas o final é estimulante. Na Gincana Cultural, direcionada aos alunos de 7ª, 8ª e 9ª séries, os estudantes são divididos em quatro grupos e através de criação de paródia musical, criação de cenas/peça, desenvolvimento de história em quadrinhos e jogo de perguntas e respostas, são introduzidos aos doze temas que fazem parte da cartilha Guia do Cidadão do projeto “Minha Ilha, Nossa Ilha”.


Tanto na Gincana Cultural como nas demais atividades propostas pelo projeto, os estudantes também recebem e são orientados a utilizar no seu cotidiano, os cartões da cidadania “Legal” e “Tá Mal”, um conjunto composto por cartões verdes, com uma mão sinalizando positivo e a inscrição “Legal”, e cartões vermelhos com uma mão sinalizando negativo com a inscrição “Tá Mal”, e no verso de cada cartão exemplos de boas e más ações para que os cidadãos possam apoiar e incentivar boas ações cidadãs e repudiar as ruins, lembrando que as boas e más ações vão muito além dos exemplos citados no verso de cada cartão.


O trabalho, realizado com o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Ilhabela, iniciou no 2º semestre deste ano e já foi apresentado aos professores, coordenadores e diretores das escolas públicas do município que receberam todo o material de apoio ao programa. Este material, além dos cartões, tem ainda duas cartilhas educativas, uma para crianças e outra para os demais alunos, do ensino fundamental, ensino médio e EJA - Educação de jovens e adultos.


SERVIÇO Peça “O Espelho”

Data: 26 de outubro de 2011 quarta feira

apresentação em 3 horários: 9h00 / 14h30 / 20h30

Local: Espaço Cultural Pés no Chão - Rua Macapá, 72 – Barra Velha - Ilhabela

http://www.pesnochao.org.br/ As cartilhas “Guia do cidadão” e "A história de um viajante que resolveu ficar" estão disponíveis para download na pasta Minha Ilha, Nossa Ilha, na Biblioteca do site www.nossailhamaisbela.org.br Fotos: Peça "O Espelho" Projeto Minha Ilha, Nossa Ilha, do Instituto Ilhabela Sustentável.




O coltan (ou columbita-tantalita) é um mineral largamente utilizado na fabricação de celulares, videogames e outros aparelhos eletrônicos. Nos últimos anos, o Congo se tornou um dos maiores produtores do mundo desse mineral, que é também conhecido como “ouro azul”.

Entidades de direitos humanos, no entanto, apontam que a produção do coltan tem financiado trabalho escravo infantil e a guerra civil no país (e traçam um paralelo com a exploração dos famosos “diamantes de sangue”). Esse é o tema do documentário “Sangue no Celular” (“Blod i Mobilen”, Dinamarca, 2010), do diretor Frank Piasecki Poulsen, que esteve no Congo em 2008 e investigou as condições de trabalho nas minas ilegais do país.

A primeira vez que eu subi a montanha na beirada da mina de Bisie, vi uma cratera de 800 por 500 metros, e era como o inferno na Terra. É impossível descrever esse cenário de pesadelo e sofrimento”, conta o diretor em entrevista ao site do Instituto de Cinema Dinamarquês (DFI).

Cerca de 25 mil pessoas, em sua maioria crianças e adolescentes, trabalham na mina de Bisie. Ninguém envelhece lá. E tudo é caríssimo. Você tem que pagar por proteção, abrigo, por ferramentas de trabalho, e, é claro, por comida e bebida. Uma cerveja custa 12 dólares, um refrigerante custa 7. Crianças e jovens vão pra lá achando que vão ganhar um dinherio rápido, mas são engolidos por um sistema em que o custo de vida é tão alto que eles não conseguem mais ir embora. Eles ficam aprisionados”, conta Poulsen.


Para o diretor, grande parte da responsabilidade pela existência dessas minas ilegais do Congo pertence a empresas que compram o coltan produzido lá. O diretor afirma ter passado mais de um ano tentando entrar em contato com a Nokia, por exemplo, para saber a posição oficial da empresa e nunca recebeu resposta. Finalmente, ele foi até o escritório central, em Espoo (Finlândia), onde conseguiu meia hora de entrevista.

Eles são os fabricantes do celular que eu uso, e eu queria ter certeza que não estou financiando trabalho infantil escravo”, diz Poulsen no filme. “Infelizmente, é impossível saber, pois a empresa não rastreia de onde vem o minério usado; e, se a Nokia, que é fabricante de um terço dos celulares do mundo, não faz isso, que dirá as outras empresas do setor”. Depois do lançamento do filme, a Nokia emitiu um comunicado, afirmando que passaria a informar a procedência do coltan usado em seus produtos.

Infelizmente, o comunicado indica que eles estão tentando colocar a culpa em sua cadeira de fornecedores. Para uma companhia que diz ter responsabilidade social, isso simplesmente não é suficiente”, pondera o diretor de “Sangue no Celular”.

Atualmente, o site internacional da Nokia não revela quem são seus fornecedores de coltan, requisito considerado fundamental por ONGs que atuam na tentativa de proibir o uso industrial do coltan proveniente de áreas de conflito. A empresa afirma vagamente em uma página entitulada “supply-chain” (cadeia de fornecimento) que tem um compromisso ético com o meio ambiente e com valores humanitários, e “espera” que seus fornecedores ajam da mesma forma.



Fiquem antenados na aquisição de seus novos aparelhos.

Vamos cuidar das nossas crianças.


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